O mercado brasileiro de aço e alumínio — pilares importantes da cadeia produtiva do setor de persianas e cortinas — enfrenta um novo desafio no cenário internacional. Uma nova política tarifária adotada pelos Estados Unidos prevê uma alíquota de 25% sobre produtos como aço e alumínio importados, impactando diretamente as exportações brasileiras.
Exportações em risco
Entre janeiro e março de 2025, cerca de 70% das exportações brasileiras desses materiais foram destinadas aos Estados Unidos, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Isso representa aproximadamente 2 milhões de toneladas de aço, alumínio e obrigações — volume que agora poderá ser tributado com a nova tarifa de aço, alumínio e obrigações — volume que agora poderá ser tributado com a nova tarifa.
O valor das exportações para os EUA neste período chegou a US$ 1,5 bilhão, do total de US$ 3,2 bilhões exportados globalmente pelo Brasil no mesmo período.
Impactos para o setor de persianas e cortinas
O aumento da carga tributária sobre essas exportações pode gerar reflexos diretos nos custos internos de produção, já que o alumínio é uma das matérias-primas mais utilizadas na fabricação de persianas, estruturas e mecanismos de automação.
As empresas do setor devem estar atentas a esses movimentos, considerando que a oscilação nos preços das matérias-primas pode variar:
- Custos de produção e importação;
- Formação de preços ao consumidor final;
- Margens de lucro e competitividade no mercado interno.
Brasil entre os principais fornecedores
Segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para o país em 2024, com 4,1 milhões de toneladas exportadas — atrás apenas do Canadá.
O que esperar?
Com as tarifas já em vigor, o setor precisa se preparar para eventuais reajustes e buscar estratégias de planejamento financeiro e tributário que mitiguem os efeitos desse novo cenário. Além disso, é essencial manter um canal de informações ativo e confiável sobre as variações no mercado de matérias-primas.
A ABRAPE continuará acompanhando os desdobramentos desse tema e informando seus associados sobre possíveis impactos e alternativas para o setor.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), abril de 2025.