O contexto econômico atual
Em 2025, o setor de cortinas, persianas e toldos enfrentará um dos períodos mais desafiadores das últimas décadas. O cenário é marcado por uma combinação de fatores: inflação dos materiais de construção, volatilidade cambial, pressão pela sustentabilidade e mudanças no perfil do consumidor.
Dados do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10), apurados pela Fundação Getúlio Vargas, indicam que, nos últimos 12 meses, os custos com materiais e insumos básicos subiram mais de 6,7% — um percentual superior à inflação geral do país.
Esse aumento está diretamente relacionado à valorização de commodities essenciais, como o alumínio, o PVC e os tecidos técnicos — materiais indispensáveis para a fabricação de produtos no setor de proteção solar.
Por que os custos aumentaram?
Alumínio:
- A cotação internacional do alumínio atingiu patamares recordes, impulsionada pela demanda global, especialmente nos setores de energia, transporte e construção.
- A alta do dólar no Brasil potencializa ainda mais esse custo, uma vez que grande parte do alumínio é importada ou cotada em moeda estrangeira.
PVC:
- Como derivado do petróleo, o PVC é impactado pela instabilidade nos preços internacionais do barril.
- A guerra comercial entre grandes potências e questões ambientais afeta diretamente a produção e o transporte desses materiais.
Tecidos técnicos:
- A demanda por tecidos de alto desempenho, como blackouts e telas solares, cresceu, especialmente com a busca por eficiência energética em construções sustentáveis.
- A pressão por soluções ecológicas também elevou o custo de desenvolvimento de novos materiais, como os tecidos de PET reciclado e PLA biodegradável.
Consequências diretas para o setor:
- Encarecimento dos produtos finais: fabricantes e vendedores são obrigados a repassar parte dos aumentos ao consumidor, o que pode impactar a demanda.
- Dificuldade de negociação: contratos fechados antes da inflação dos insumos geram prejuízos ou necessidade de revisão.
- Risco de desabastecimento: em alguns segmentos, há escassez pontual de materiais ou atrasos nas entregas.
Como as empresas podem se preparar?
✅ Analisar o mercado constantemente: manter um monitoramento ativo das cotações internacionais e das tendências de consumo.
✅ Fortalecer o relacionamento com fornecedores: garantir prazos, negociar melhores condições e antecipar compras quando possível.
✅ Investir em planejamento tributário: a gestão fiscal pode ser uma importante aliada para compensar parte dos custos elevados.
✅ Capacitar a equipe comercial: os fornecedores precisam estar preparados para eventuais reajustes de preços com argumentos técnicos e dados de mercado.
✅ Apostar na inovação: oferecer produtos de maior valor agregado, como soluções inovadoras ou com apelo sustentável, pode justificar margens maiores.
O papel da ABRAPE nesse cenário
A ABRAPE – Associação Brasileira de Persianas, Cortinas e Toldos atua como parceira estratégica dos seus associados, oferecendo:
🔹 Informações sobre o comportamento do mercado e indicadores econômicos.
🔹 Capacitação técnica e gerencial, para preparar empresas para um ambiente de negócios mais complexo.
🔹 Representatividade institucional, participando de discussão junto a órgãos públicos para defesa dos interesses do setor, como na redução de carga tributária.
Em tempos de instabilidade econômica, informação, planejamento e associativismo são fundamentais para superar desafios e transformar ameaças em oportunidades.